Os quatro rabinos
Uma noite quatro rabinos receberam a visita de um anjo que os acordou e os levou para a Sétima Abóbada do Sétimo Céu. Ali eles contemplaram a sagrada Roda de Ezequiel.
Em algum ponto da descida do Pardes, Paraíso, para a Terra, um rabino, depois de ver tanto esplendor, enlouqueceu e passou a perambular espumando de raiva até o final dos seus dias.
O segundo rabino teve uma atitude extremamente cínica. “Ah, eu só sonhei com a Roda de Ezequiel, só isso. Nada aconteceu de verdade!
O terceiro rabino falava incessantemente no que havia visto, demonstrando sua total obsessão. Ele pregava e não parava de falar no projeto da Roda e no que tudo aquilo significava… e dessa forma ele se perdeu e traiu sua fé.
O quarto rabino, que era poeta, pegou um papel e uma flauta, sentou-se junto à janela e começou a compor uma canção atrás da outra elogiando a pomba do anoitecer, sua filha no berço e todas as estrelas do céu. E daí em diante ele passou a viver melhor.
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O contato com o mundo onde residem as Essências faz com que percebamos algo fora do conhecimento normal dos seres humanos e nos preenche com uma sensação de amplitude e de grandeza. Quando tocamos Aquela Que Sabe, isso provoca uma reação nossa e nos faz agir a partir da nossa natureza integral mais profunda.
Uma obrigação significa viver aquilo que percebemos, seja o que for encontrado nos campos elísios da psique, nas ilhas dos mortos, nos desertos de ossos de La Loba, na vertente da montanha. Nossa função é a de mostrar que recebemos esse sopro — demonstrá-lo, divulgá-lo, cantá-lo, vivenciar no mundo aqui em cima o que recebemos através de percepções repentinas da história, do corpo, dos sonhos e das viagens de todos os tipos.
Nossa técnica de meditação enquanto mulheres é a evocação de aspectos mortos e desagregados de nós mesmas, a evocação de aspectos mortos e desagregados da própria vida. Aquele que recria a partir do que está morto é sempre um arquétipo de duas faces. A Mãe Criadora é sempre também a Mãe Morte, e vice-versa.
Nossa trajetória consiste em aprender a compreender à nossa volta e dentro de nós exatamente o que deve viver e o que deve morrer. Nossa tarefa reside em captar a situação temporal de cada um: permitir a morte àquilo que deve morrer, e a vida ao que deve viver.
Só há vida para o novo quando quando dispensamos o que nos serve mais, deixamos nossa terra nova, adubamos e colocamos nela a nova semente.
Dispor da semente significa ter o acesso à vida. Conhecer os ciclos da semente significa dançar com a vida, dançar com a morte, dançar de volta à vida.
A natureza da Mulher Selvagem nas mulheres é a da mãe da vida e da morte em sua forma mais antiga. Como gira nesses ciclos constantes, eu a chamo de mãe da vida-morte-vida.
Portanto, quando algo está perdido, precisamos procurar a velha que sempre vive na pelve esquecida. Ela vive ali, meio dentro e meio fora do fogo criador.
Essa velha La Loba é a quintessência da mulher de dois milhões de anos.
Ela é a Mulher Selvagem original que vive debaixo da terra e, no entanto, sobre o seu solo.
Ela vive dentro de nós e nos transcende; nós somos cercadas por ela. Os desertos, os bosques e a terra debaixo das nossas casas têm pelo menos dois milhões de anos.
Se uma mulher conseguir manter esse dom de ser velha quando jovem e jovem quando velha, ela sempre saberá o que vem depois. Se ela tiver perdido esse dom, ainda poderá recuperá-lo com algum exercício psíquico deliberado.
Texto montado com trechos do livro “Mulheres que correm com os lobos” de Clarissa Pinkola Estés
Aullllllllllll
Tamaris Fontanella
Conheça o Alcathea Círculos de Mulheres de Tamaris Fontanella
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Idealizadora do Instituto Despertar Feminino®, da Theaterapia® (Terapia da Mulher), da Theadança®, da Theafotografia®, do Theaxamanismo®, da Thea Spirit Dolls, da rede Moon Blessing e a rede Saberes de Thea.
Guardiã do Círculo de Mulheres Alcathea que mergulha nos conteúdos do Mulheres que Correm com os Lobos.
Ela também é canalizadora do Gooddesses Reiki, das Essências Vibracionais do Despertar Feminino e dos Florais do Despertar Feminino. Escritora com mais de 20 livros publicados.
Mestranda na Área da Saúde da Mulher, possui formações acadêmicas em Biologia, Administração, Administração de Redes, Pedagogia e Terapia Holística (Energy Healing/CA), com Especialização Terapia Energética Corporal, Psicoterapia Corporal e Bionergética, Psicopedagogia, Master Coaching, Terapia Transpessoal, Psicologia da Aprendizagem, Didática do Ensino Superior e Constelações Familiares. Possui diversas certificações complementares em áreas terapêuticas, psicoterapêuticas e pedagógicas. Fotografia (IFPR e Senac). Formação em Medicina Andina – Sanação do ventre e do bioritmo lunar-menstrual e na Medicina Mapuche (Lafkenche).
É responsável pelas formações para focalizadoras de círculos de mulheres e formações das theaterapeutas. Na atuação com grupos promove palestras, jornadas e mergulhos no despertar e resgate da energia feminina. Atende em seu consultório na cidade de São Paulo ou através de webconferência a Theaterapia®.
Juntamente com sua mãe atua na Bem Dita Cerimônia como celebrante de casamentos diferenciados e ecumênicos com efeito civil!
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