A artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954) é, para mim, a inspiração de uma vida selvagem vivida com coragem, ousadia, verdade e criatividade.
Já era uma pequena selvagem desde criança. “Rebelde”, como somos tachadas quando ousamos viver nossa essência.
Sofreu um acidente terrível quando tinha 18 anos: o ônibus em que viajava chocou-se contra um trem, e uma barra de ferro atravessou seu corpo, perfurando-lhe a pelve e o útero. Desde então, passou por inúmeras cirurgias, dores e sofrimentos. Mas foi a partir desse evento que começou a pintar. Foi uma autêntica coletora de ossos quebrados e cantou sobre eles até o fim de sua vida. Sua obra é a pura expressão do seu Eu.
Aos 22 anos casou-se com o artista Diego Rivera, mas amou homens e mulheres, conforme o ritmo do seu coração. Ser manca, baixinha e ostentar uma monocelha e um bigode, não a impediram de ser extremamente sedutora e deixar todos fascinados. Uma mulher no desconforto e na plenitude de seu próprio corpo, como no conto “A Mulher Borboleta”.
Uma sociedade castradora cobra um preço alto por uma vida livre: depressão, várias tentativas de suicídio e dependência de morfina.
Morreu jovem. Vidas brilhantes assim, se consomem rápido em sua própria chama.
Penso que foi a primeira mulher a retratar o feminino e sua força indestrutível de uma perspectiva interna. Sempre fomos modelos e musas inspiradoras de artistas homens, mas nunca protagonistas de nossa própria história. Frida deixou um legado para todas nós.
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, nascida em 6 de julho de 1907, em Coyoacán, México, uma Mulher Selvagem.
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Advogada, mãe de duas jovens lobas e 3 gatos, carioca da gema, paulista de coração.
Aluna do Curso de Formação de Focalizadoras de Círculos de Mulheres do Despertar Feminino em São Paulo, coordenado por Tamaris Fontanella.
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Membro do Clã das Cicatrizes.